quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Opinião “O Vírus Mona Lisa”, Tibor Rode

Sinopse:

Uma genial teoria da conspiração onde a Humanidade é o alvo a abater.

Nos Estados Unidos, as participantes num concurso de beleza desaparecem misteriosamente. Mais tarde, algumas delas aparecem totalmente desfiguradas. Em Milão, o mural A Última Ceia, de Leonardo da Vinci, é destruído, tal como em Leipzig uma das torres da Câmara Municipal. Entretanto, alguém espalha um vírus informático em todo o mundo, que altera sistematicamente os ficheiros de fotografias para desfigurar os rostos humanos.

A resposta está na Mona Lisa.

Quando a especialista Helen Morgan vê a sua filha ser raptada e é chantageada para roubar a Mona Lisa do Museu do Louvre, ela acaba por descobrir um criminoso perigoso e obcecado que vai ter de enfrentar até ao imprevisível desfecho final.

Num crescendo de ritmo e ação, este é um thriller de conspiração internacional com um final alucinante, que os amantes do género não podem perder.”


Opinião:

Existem vários componentes do marketing inerente a cada obra capazes de atrair qualquer leitor. E é inevitável ao observar a contracapa, para além de ler atentamente a sinopse, não ler também citações ou comentários das mais variadas personalidades/revistas/jornais. E neste livro, mais do que a sinopse que, por si só, desperta logo algum interesse para a leitura, foi uma dessas citações que me fez tomar a decisão de a ler! E podem-se perguntar, então o que diz?

“Comparável a Dan Brown.” Peter Hetzel, crítico literário

Tenho a certeza que existem por aí muitos fãs de Dan Brown! Há autores que, apesar de não terem livros publicados este ano, ficam sempre na memória do leitor! E é claro que se EU gostei muito dos livros de Dan Brown, se EU vou continuar a ler os livros do autor enquanto puder, então também vou querer ler qualquer livro que partilhe algumas das suas características. E logo aqui posso dizer que se são fãs de Dan Brown, devem ler esta obra! Apesar de o autor ser Tibor Rode, a verdade é que conseguimos desde logo validar o comentário de Peter Hetzel, encontrando a cada virar de página aqueles ingredientes que tanto caracterizam a escrita de Dan Brown – mistério, thriller, policial e, como não poderia faltar, o componente histórico, culto e religioso!

Contudo, não gosto de criar falsas expectativas em ninguém. Por isso, não posso negar que seria muito difícil chegar aos calcanhares de Dan Brown! No entanto, esta obra é capaz de satisfazer muito bem os fãs do género, pelas razões que passarei a explicar.

Tudo começa quando as participantes de um concurso de beleza desaparecem sem se perceber como ou porquê. E, a partir daqui, desenrola-se uma série de acontecimentos sequenciais, simultâneos e perigosos em diferentes partes do mundo. No entanto, todos têm algo em comum, o autocolante de uma abelha. E é graças a esta peça comum que o leitor e Millner, agente do FBI, vão juntando as várias peças do puzzle.

Trazendo ao de cima temas como a relação entre a beleza e a interpretação da mesma pelo cérebro humano, o leitor é alertado em conjunto com as vítimas do livro acerca das implicações do conceito de beleza e dos preconceitos associados. Através de Mona Lisa, do rácio dourado, das abelhas e das proporções que caracterizam a noção de belo, Tibor Rode transmite muito bem aquilo que nós, que fazemos parte da população mundial actual, vivemos actualmente. Uma sociedade muito exigente, com padrões muito elevados e cheia de preconceitos!

Por outro lado, como não poderia também deixar de ser, temos personagens muito humanas – com tudo a que têm direito – com as melhores qualidades e os piores defeitos! E o mais engraçado no meio disto tudo é que conseguimos compreender tão bem quer o bom da fita quer o mau da fita!

E aquilo que me deixa sempre um sorriso nos lábios é o carácter histórico e cultural que estas obras nos trazem! Quando cheguei ao fim da obra, dei por mim extremamente curiosa para descobrir o que era isto do rácio dourado, as proporções e a história do quadro verdadeiro da Mona Lisa, e estava pronta para me deslocar para o computador e procurar! Mas, no último virar de página, encontro uma Nota do Autor com as respostas às minhas dúvidas – coisa que não me lembro de encontrar por exemplo nos livros de Dan Brown :)!

Assim, é uma obra que, apesar de ter muitas páginas, se lê muito facilmente com os seus capítulos curtos, dando a conhecer ao leitor as varias vertentes da história aos bocadinhos! Estamos realmente perante “uma genial teoria da conspiração, onde a Humanidade é um alvo a abater”. Atrevam-se a conhecer a escrita de Tibor Rode, a Mona Lisa do Prado e a Mona Lisa do Louvre, Helen Morgan – uma neurologista que se dedica à relação entre a beleza e o cérebro humano – a sua filha Madeleine e a família Weis!



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