segunda-feira, 25 de maio de 2015

Opinião “Um Mundo de Possibilidades ”, Kaui Hart Hemmings

Sinopse:

“Sarah St. John tenta recuperar de um golpe devastador. Há três meses, o seu filho Cully de 22 anos morreu soterrado na neve na sequência de uma avalanche. Sarah regressa ao seu trabalho, o seu pai veio viver com ela e Suzanne, a sua melhor amiga, está sempre disponível para ela. Sarah, no entanto, sente-se só perante a dor e uma existência que lhe parece vazia de sentido. Mesmo quando o pai de Cully reaparece, desperta mais emoções e confusão do que Sarah precisa. É então que uma jovem vem bater à sua porta com um segredo que pode mudar a vida de todos.

Em Um Mundo de Possibilidades, Kaui Hart Hemmings, a celebrada autora de Os Descendentes, explora com mestria a forma como os afetos e o humor podem ajudar a sarar a dor causada pela perda daqueles que mais amamos.”

Opinião:

Em primeiro lugar, vou comentar a linda capa deste livro! Quando olhei para ela pela primeira vez fiquei logo com vontade de o ler. Além de ser muito bonita, é muito adequada ao tema e ao estado de espírito que o caracteriza. Como estava a ler outro livro e, no geral, não tenho o hábito de ler mais do que um em simultâneo, coloquei-o direitinho na minha estante até finalmente pegar nele a sério. E confesso que não me arrependi de não ter pegado logo nele.

Como a sinopse nos diz, “Sarah St. John tenta recuperar de um golpe devastador” – a morte do seu filho Cully de 22 anos. E, como seria de esperar, ao longo da narrativa, aquilo que mais vemos e sentimos é “a perda”. E não são muitos os autores que conseguem transmitir este sentimento de perda de uma forma delicada, sem retirar a intensidade do mesmo.

Não existe nem existirá nada comparado com a morte de um filho! No entanto, ao longo da leitura percebemos que apesar desta grande verdade inabalável, as perdas têm de ser superadas a seu tempo. Não há um livro de instruções, nem uma maneira certa ou errada de o fazer. E nem sequer existem garantias de sucesso na superação, muito menos a curto prazo.

Podia claro falar mais sobre o livro, mas não quero contar aquilo que não deve ser contado e, muito menos, tirar a beleza que a obra traz dentro de si. Tenho que dizer, no entanto, que não é suposto partir para esta leitura com grandes expectativas. Não estamos perante uma história inovadora nem imprevisível, mas sim perante um livro repleto de carinho, amor, compaixão, saudade, tristeza, dúvidas, culpa e arrependimentos, aos quais ninguém é indiferente.

É um livro que merece calma e paz durante a leitura. E com isto o que quero dizer é que apesar do tema que retrata – a morte de um filho – estamos perante uma obra leve, suave e até ternurenta, repleta dos sentimentos mais belos e fortes que de certeza já habitaram em cada um de nós!

Por fim, é uma obra que recomendo e que espero que consiga alcançar o coração de cada leitor.
 

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