sábado, 30 de maio de 2015

Opinião “A Espia do Oriente”, Nuno Nepomuceno

Sinopse:

“De férias na região, um investigador norte-americano é raptado do hotel onde se encontrava instalado. Uma nova pista sobre um antigo projecto de manipulação genética é descoberta e a Dark Star, uma organização terrorista internacional, está decidida a utilizar os conhecimentos deste cientista para ganhar vantagem.

Contudo, de regresso à Europa, uma das suas operacionais resolve trair o sindicato do crime e oferece-se para trabalhar como agente dupla ao serviço da inteligência britânica. O mistério adensa-se quando esta mulher, de nome de código China Girl, impõe como única condição colaborar com André Marques-Smith, o director do Gabinete de Informação e Imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros português e espião ocasional.

Obrigados a trabalhar juntos para evitarem um atentado a uma importante líder europeia, uma atmosfera tensa, de suspeição e desconfiança, instala-se de imediato entre os dois. Mas que segredos esconderá esta mulher, cujo próprio nome é uma incógnita? Serão as suas intenções autênticas? Será o espião português capaz de resistir à sua invulgar e exótica beleza?”


Opinião:

Para quem não sabe, “A Espia do Oriente” é a continuação de “O Espião Português”, integrando juntos a trilogia Freelancer de Nuno Nepomuceno. Mais uma vez tenho de deixar aqui o meu obrigada ao autor, que gentilmente me cedeu um exemplar deste segundo volume, proporcionando-me a oportunidade única de ler esta obra pouco depois do seu lançamento.

Se, por um lado, “O Espião Português” já tinha tido um sabor especial para mim, tendo marcado o início da minha viagem pelos thrillers/policiais/livros de espionagem, por outro, “A Espia do Oriente” não lhe ficou nada atrás. Aliás, se tinha gostado muito do primeiro, o segundo arrebatou-me por completo.  Mesmo com as grandes expectativas criadas após leitura do primeiro volume, Nuno Nepomuceno volta a surpreender!

Também este novo aspecto da trilogia com a Topbooks é de congratular. É verdade que ainda não tive oportunidade de reler “O Espião Português” através da edição da Topbooks. No entanto, no que diz respeito ao segundo volume, pude reparar na qualidade do livro, na capa apelativa e na organização cuidada dos capítulos e diferentes cenários.

E pensar que a continuação desta história esteve em risco de não ser publicada, pensar que poderia não ter tido a oportunidade de ver o crescimento do Nuno e de acompanhar o percurso de André Marques-Smith, pensar que esta história magnífica correu o risco de ficar numa gaveta! Teria sido uma enorme injustiça e uma grande perda para todos aqueles que gostam de ler!

Confesso que, quando recebi o livro, tive o receio de já não me lembrar de pormenores da história importantes para a compreensão do mesmo, tendo considerado até a releitura do livro inicial. Mas a vontade de avançar na história foi tão grande que me atirei de cabeça para o segundo! E não fiz mal! No decorrer da narrativa, o Nuno conseguiu enquadrar e recordar-nos dos aspectos essenciais do volume anterior de uma maneira única e subtil.

Como já referi acima, também neste volume se vê um enorme crescimento do Nuno. Uma escrita melhorada e cuidada, sem maçar o leitor em momento algum, com a formulação de frases mais elaboradas, contrastanto com as frases curtas e concisas que tanto caracterizavam “O Espião Português”.

No que diz respeito à história propriamente dita, após termos conhecido todo o presente e passado de André Marques-Smith, agora temos a oportunidade de conhecer o presente e passado d’ “A Espia do Oriente” e de que forma é que o caminho destas duas personagens se intersecta.

Mais uma vez o autor provou ser capaz da criação de personagens humanas, com sentimentos únicos e por vezes demasiado profundos. Como livro de espionagem que é reinam aqui a dúvida, a confiança e a traição, sendo bastante bem explorados, cuidadosamente caracterizados e brilhantemente transmitidos ao leitor.

Para quem leu "O Espião Português", nem sabem o que vos espera! Será que conhecem de facto as personagens que fazem parte deste enredo? Confiam nelas? Será que tudo é o que parece? Pois é, quanto a estas questões só vou dizer que está tudo muito bem pensado e planeado e que faz muito sentido!

Por fim, quero deixar os meus sinceros parabéns ao Nuno! Parabéns porque conseguiu continuar a publicação da trilogia, porque cresceu muito e porque me continua a surpreender! É digno de todos os elogios que já vi escritos ou ditos! Espero não só ler a terceira e última obra desta trilogia, como também continuar a acompanhar de perto o trabalho do Nuno.



Opinião de "O Espião Português" aqui.

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